1. |
Memórias Póstumas
04:23
|
|||
|
Eu pressenti
Querida, eu pressenti
Que a sorte estava ausente
Nas terras que nasci
E por quanto eu tentei
Quanto tempo levei
Pra me fazer presente
Ver o que me tornei
E olhando tua mão
Segura é a decisão
De ir para o mais belo
Viver em ascensão
E esperar pra colher
O centeio com a minha mão
Relutar, mas saber
Que passeia com o pé no chão
O condor pode ver
Que minhas chagas vêm de longe do sermão
Eu entendi
Foi tarde, mas entendi
Que não importa ser valente
Coragem é só fingir
Eu conquistei
Aos poucos reconquistei
A voz que tinha perdido
O meu rosto cortês
Ao esperar pra colher
O centeio com a minha mão
Relutar, mas saber
Que passeia com o pé no chão
O condor pode ver
Que minhas chagas vêm de longe do sermão
Nada disso da valor e aceitação
Eu pressenti
Com medo eu pressenti
Que ia morrer cedo
Largado por aí
|
||||
2. |
Lágrimas de Belchior
03:50
|
|||
|
Veja bem eu não tenho palavra, poema, nem prosa
Não tenho carma, não tenho saudade, não guardo rancor
Veja quem resolveu dar as caras, cumprir o datado
Fazer o préstimo, dar condolências, ser bom pagador
Veja bem eu não disse pra ela, pra ele, pra nada
Pensei alto, falei a esmo, saiu, por favor
Não se acanhe, não atine pra vida de gente alhei
So se vende arte na praça quem faz por amor
E como dói
O mundo estar pior
Melhor era quando fazia sentido
Pular da janela e andar de elevador
O cheiro é que corrói
A articulação dos meus ombros caídos
As roupas rasgadas, as lágrimas de Belchior
Onde eu sento? Será que eu errei e perdi a saída?
Se eu for pro centro, será que da tempo eu ir de metrô?
Veja bem o passado é o presente do futuro um dia
Que se esquece que já acontece e perde o valor
Cá entre nós
O mundo está pior
Melhor era quando fazia sentido
Pular da janela e andar de elevador
O cheiro é que corrói
A articulação dos meus ombros caídos
As roupas rasgadas, as lágrimas de Belchior
Não sirvo pra herói,
Tão pouco vilão, coadjuvante, eu lírico
Mal me represento Quasímodo, faltou voz
Ter pernas é pra voar
Não adianta correr, nem andar, nessa vida
É abrir os abraços e o peito e se jogar
Se jogar
|
||||
3. |
Karol
02:46
|
|||
|
Karol, o que te faz gostar dos dias?
Te faz levantar do colchão
Karol, o que te traz a alegria
A chama que acende o coração
Karol, dê um abraço em seus amigos
Aceite o calor da união
Karol, veja que a vida faz sentido
E deixe o sol entrar
Se tudo parecer dar errado
A vida, às vezes, não da pé
Se lembre e ao raiar do dia
Saiba quem é
Se tudo parecer brincadeira
A vida, às vezes, dói demais
Se lembre que ao fim da ribanceira
Sempre há um cais
|
||||
4. |
Azul de Metileno
02:59
|
|||
|
Pois eu preciso de você
Como a noite bebe água
E a lua aprende a jogar bilhar
Pois eu não esqueço de você
Como um canivete ladra
Para um gato de bengala e cocar
Pois eu não vivo sem você
Como azul de metileno
Que compra ações de diesel e mangá
Pois eu só sirvo pra você
Como um escoteiro a remo
Que esqueceu do anel no altar
E como queira, a sorte, a bebedeira
Pode ser a melhor saída para o amor de sua vida
Que jaz
Morto empalado, duro, seco, esculhambado
Empestiando a geladeira
Como arroz de sexta-feira passada
Que você se esqueceu por ter lembrado
Que já passaram uns três dias
Do aniversário da guria, hilário
Agora chora, cabeça cheia de cerveja
Um sanduíche na cozinha que comprou sem ter dinheiro
(Refrão)
E sem juízo, fugiu do compromisso
Foi andar de madrugada
É perigoso, mas vale se arriscar
Por uns amassos, e quem sabe uma série
A novela foi as nove
Arrependimento é tão fácil largar
E outro dia, foi na sorveteria
Mas não gosta de sorvete mexicano
Isso vai lhe custar uma fortuna
Mas é preço de cachaça
Porquê quando fica bêbado, fica rico que é uma beleza
(Refrão)
|
||||
5. |
Senhora
02:43
|
|||
|
Isso tudo na verdade é inesperado
Tomar dores por não conhecer quem eu sou no fim
E se a verdade é prematura, me entenda se eu me entristecer
O que foi que eu fiz?
E se for, se tudo acabou
Senhora vem ver, o que resta aqui
Um belo entardecer, um sofá e uma TV
Lhe interessam?
E dentro deste lar que foi montado
Pelos planos entre eu e você, tudo ficou ruim
E se essa casa de ternura, desmoronou sem nem ter porque
O que foi que eu fiz?
E se for, se tudo acabou
Sem hora, vem ver, o que sobrou aqui
Um belo amanhecer, uma flor e um pomar
Lhe interessam?
|
||||
Renan Benini Muriaé, Brazil
If you like Renan Benini, you may also like:
if no one else cares, why should I care?
by Good Good Blood
Pairing lo-fi indie rock with silvery folk instrumentation, the self-described "bedroom pop wizard" casts a cozy, poignant spell.
go to album
This project from the Spanish indie-pop singer explores nostalgia and joy.
go to album
The In-Between
by Dolly Valentine
Beautiful ballads wreathed with mist, “The In-Between” boasts gentle melodies and rich Americana arrangements.
go to album
Between The Blades
by Libby Rodenbough
Libby Rodenbough brings a warm, intimate touch to traditional country-folk songwriting on her latest LP.
go to album
This debut from the Canadian indie artist features pop, folk, and country influences.
go to album
Callahan’s latest both comforts and unnerves.
go to album
Delicate and personal folk-pop from Castle Theater: honest observations and reflections presented as thoughtful, well-written miniatures.
go to album
